Fale conosco
(48) 3066-9300
Setembro Amarelo 2025: Biguaçu na luta contra a violência autoprovocada
A violência autoprovocada é definida como toda agressão intencional praticada pela própria pessoa contra si mesma.

O suicídio é uma problemática de saúde pública que atinge silenciosamente milhares de vidas ao redor do mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o suicídio mata mais pessoas anualmente do que HIV, malária ou até câncer de mama. Neste ano, o Setembro Amarelo chega novamente com o propósito de despertar a sociedade e os profissionais de saúde para a necessidade de apoiar, acolher e agir na prevenção da violência autoprovocada.

"Hoje, no Setembro Amarelo 2025, queremos reforçar uma mensagem fundamental: falar é o melhor caminho. Muitas vezes, um gesto simples, como ouvir com empatia e acolher sem julgamento, pode fazer toda a diferença na vida de alguém", afirma da interventora, Giordana Biancon Gandolfi.  

O que é violência autoprovocada?

A violência autoprovocada é definida como toda agressão intencional praticada pela própria pessoa contra si mesma. Esse ato pode se manifestar de diferentes formas:

 

  • Ideação suicida: pensamentos persistentes sobre morte ou sobre tirar a própria vida;

  • Tentativas de suicídio: quando a ação é iniciada, mas não consumada;

  • Automutilações: ferir-se intencionalmente, mesmo sem intenção suicida, mas que pode progredir para outros quadros;

  • Cada um desses comportamentos é um sinal claro de sofrimento e um pedido silencioso de ajuda que não pode ser ignorado.

Fatores de risco: os desafios enfrentados por muitos

 

Os motivos que levam à violência autoprovocada são complexos e resultam frequentemente de múltiplos fatores, como:

  • Tentativas anteriores: em Santa Catarina, estima-se que uma pessoa faça, em média, sete tentativas antes de consumar o ato;

  • Transtornos mentais, como depressão, ansiedade e abuso de substâncias (álcool e drogas);

  • Violência doméstica ou abuso psicológico, físico ou sexual;

  • Luto, perdas recentes ou isolamento social;

  • Desemprego ou dificuldades financeiras;

  • Acesso a meios letais, como medicamentos, armas ou pesticidas.

Para os especialistas, a tentativa prévia é o principal indicador de risco para uma nova tentativa. Por isso, é preciso atenção redobrada a essas pessoas.

Como os profissionais de saúde de Biguaçu podem atuar?

 

Os profissionais têm um papel essencial na prevenção e no cuidado de casos de violência autoprovocada. Isso começa com a identificação precoce e a abordagem empática, perguntando de forma direta e sensível: "Você tem pensado em se machucar ou tirar a própria vida?"

Essa pergunta é mais que necessária – é um primeiro passo para abrir o diálogo e proporcionar acolhimento. Contudo, é fundamental observar sinais de alerta, como isolamento social, mudanças bruscas de comportamento e automutilações visíveis.

"Como profissionais e como comunidade, nosso papel vai além do cuidado técnico – ele passa pelo acolhimento humanizado e pela sensibilidade ao sofrimento do outro. Acolher é um gesto de cuidado. Mais do que isso, devemos lembrar que a notificação de casos é uma ferramenta indispensável para prevenir novos episódios e fortalecer as redes de apoio", relata Ana Flávia de Almeida, secretária de Saúde do município.

O que fazer:

  • Acolher sem julgamento: escute de maneira ativa e validando o sofrimento da pessoa. Evite frases como "isso é fraqueza" ou "pense positivo";

  • Avaliar o risco imediato: Pergunte sobre planos definidos, acesso a meios letais e tentativas recentes;

  • Intervir com rapidez: em situações de risco iminente, encaminhe imediatamente para atendimento de urgência. Em ambientes hospitalares, classifique como prioridade, seguindo protocolos como o do Protocolo Catarinense de Acolhimento com Classificação de Risco.

Além disso, pacientes sem risco iminente exigem acompanhamento contínuo, vínculo terapêutico e cuidado integrado, articulado com a Rede de Atenção Psicossocial.

O suicídio já é a quarta maior causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos no mundo, segundo dados da OMS. No Brasil, a situação é preocupante: entre 2016 e 2021, houve um aumento de mais de 49% nas taxas entre adolescentes de 15 a 19 anos e de 45% em crianças de 10 a 14 anos. Esses números reforçam a necessidade de criar estratégias locais de prevenção que envolvam a comunidade, a rede de saúde e todas as instâncias sociais.

Veja aqui o Guia para Profissionais de Saúde: Violência Autoprovocada

Cada profissional e agente de saúde deve seguir este fluxo de cuidado:

  • Identificação: observar e relatar sinais de sofrimento;

  • Acolhimento: escutar sem julgamentos;

  • Avaliação de Risco: classificar casos entre risco iminente e necessidade de acompanhamento posterior;

  • Encaminhamento imediato ou ambulatorial;

  • Notificação: registrar o caso para vigilância e monitoramento.

Acesse a Cartilha - Setembro Amarelo - Prevenção Suicídio

= Participe do evento no Hospital Regional de Biguaçu =

Como parte desta mobilização, o Hospital Regional de Biguaçu Helmuth Nass convida você para uma palestra fundamental no combate à violência autoprovocada:

Tema: "O papel da notificação na prevenção da violência autoprovocada"

Palestrante: Enfermeira Monique Meneses, responsável pela Vigilância de Violências Interpessoais e Autoprovocadas da DIVE/SC.

Data: 23 de setembro de 2025

Horário: 14h

Local: Auditório do Hospital Regional de Biguaçu Helmuth Nass

Esse encontro será uma oportunidade importante para debater estratégias e práticas eficazes para prevenir o suicídio em nossa comunidade – um passo crítico para transformar vidas.

Assista aqui um vídeo que pode ajudar você ou alguém que precisa. 

 

Telefone: (48) 3066-9300

 

Beneficência Camiliana do Sul - Hospital Regional Helmuth Nass.

Encarregado pelo Tratamento de Dados Pessoais - Lee, Brock, Camargo Advogados(“LBCA”) - CNPJ 00.793.310/000100
Representante - Ricardo Freitas Silveira / Adalberto Fraga Veríssimo Junior - Contato dpo.saocamilo@lbca.com.br

Exerça os seus direitos de titular de dados pessoais através do Portal do Titular

 

Termos de uso - Cookies - Política de privacidade
Copyright 2025 - Todos os direitos reservados - o2.ag  |  Webmail